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01/02/2018

Annie Origens, conheça a nova Lore de Annie



"Eu nunca brinco com fósforos."









ANNIE






A CRIANÇA SOMBRIA








Os últimos anos do reinado de Boram Darkwill foram de grande insegurança para Noxus, e muitos dos cidadãos com certo talento para a magia resolveram trocar a capital pela relativa paz das províncias mais distantes. Já Gregori, o Cinzento, e sua esposa, uma bruxa chamada Amoline, preferiram demonstrar sua força noxiana desbravando as fronteiras em vez de participando das intrigas políticas da nobreza.

O jovem casal reivindicou uma terra para além das Montanhas Ironspike ao norte e construiu um pequeno lar pouco antes da chegada do inverno e logo após a chegada de sua primeira filha. Durante a jornada, as histórias de outros colonizadores sobre os grandes ursos sombrios que um dia vagaram pelo território cativaram Amoline, que, já nos últimos meses de gravidez, passava os dias em frente à lareira, criando uma versão de brinquedo das criaturas protetoras. Certo dia, no momento em que ela costurava o último olho de botão no ursinho de pelúcia, ela entrou em trabalho de parto. Gregori então percebeu que desde o momento em que nasceu, sua filha se afeiçoou muito ao novo brinquedo, pois foi ali, em frente à calorosa lareira, que Amoline trouxe Annie ao mundo.

Mas um dia, quando Annie ainda era bebê, ela e seu pai ficaram doentes. Ao anoitecer, a menina começou a queimar de febre e logo sua temperatura estava tão alta que sua mãe sequer conseguia segurá-la. Amoline ficou desesperada e decidiu sair para buscar um balde de água gelada no rio ao lado de casa. Na manhã seguinte, Gregori acordou fraco e ainda tonto da doença. No berço, Annie, já recuperada, brincava com seu ursinho de pelúcia, Tibbers. No entanto, Amoline havia sumido.

Annie acreditava inocentemente que sua mãe um dia voltaria. Com frequência, Gregori via a menina sentada na cadeira de balanço da mãe perto da lareira, abraçada em Tibbers e com o olhar perdido no fogo à sua frente -- onde ele jurava ter visto apenas uma pilha de cinzas frias. Parecia loucura, mas, no fim, ele atribuía esses desvios da mente ao cansaço de criar uma criança sozinho.

Anos se passaram e, com eles, chegaram vários colonizadores à região. Um deles era Leanna, uma mulher em busca de uma nova vida fora da capital. Ela havia se mudado junto com sua filha, Daisy, e depois de algum tempo se casou com Gregori.

Annie estava ansiosa para ter alguém para brincar, mas, acostumada às indulgências de ser filha única, demorou a se adaptar à nova família. Quando o temperamento acalorado de Annie vinha à tona, Leanna ficava com medo e rapidamente tomava o lado de Daisy. No fim, sobrou para Gregori manter uma certa paz instável entre as três.

Certo dia, uma grande tragédia acometeu a família: Daisy, desacostumada aos perigos das fronteiras indomadas, saiu para brincar e nunca mais voltou. Naturalmente, Leanna culpou Annie pela perda de sua filha, descontando toda a sua raiva e sofrimento na posse mais querida de sua enteada, o ursinho Tibbers. Ao perceber que a última memória física de sua mãe estava sob ameaça, Annie foi tomada pelo medo, que evoluiu para uma raiva incontida e libertou uma poderosa e já latente piromancia. Na tentativa de proteger seu melhor amigo, Annie lançou uma rajada de fogo protetor, o que trouxe o ursinho à vida.

Quando as chamas se apagaram e a poeira das cinzas baixou, Annie se viu órfã e sozinha.

Desde então, Annie tem se escondido nas partes mais selvagens de sua terra natal fronteiriça, desconfiada de que a maioria dos adultos da cidade sejam iguais à sua madrasta. Às vezes, ela usa sua aparência inocente para ser adotada por famílias de viajantes só por tempo o suficiente para ganhar roupas novas e uma refeição completa. No entanto, o fogo e a morte são o destino de qualquer um que tente separar Annie de seu querido companheiro de pelúcia.

Protegida por Tibbers, ela vaga pelas florestas sombrias de Noxus, alheia aos perigos externos e aos riscos de seus próprios poderes incontidos, na esperança de um dia achar alguém como ela para brincar.



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